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sexta-feira, 24 de setembro de 2010

por Eugenio Mussak

"(...)

A rotina que mata o amor é a rotina do que não se faz. Da declaração de amor que deixa de ser feita, do elogio economizado à roupa simples do dia a dia, do sorriso sonegado ao acordar, da palavra de carinho roubada à despedida, da comemoração não feita em qualquer conquista, do boa noite seco, sem um beijo, antes de dormir.

O amor não se sustenta sem a intenção de amar e sem a ação pequena, mas constante, de alegrar o outro com sua presença. (...)"




sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Ele x Ela

Ele é conciso.  Ela é prolixa. Ele busca o chão. Ela quer asas. Ele tem a alma serena. Ela é um interior em polvorosa. Ele é complexo. Ela é profunda. Ele medita. Ela se agita. Ele faz perguntas. Ela tece explicações. Ele tem fome de cultura. É disso que ela se alimenta. Ele falta. Ela excede. Ele tem sono fácil. Ela sofre de insônia. Ele diz obrigado. Ela pede desculpas. Ele tenta não ser. Ela já não é. Ele tem adeus breve. Ela se apega a despedidas. Ele é reservado. Ela se expõe. Ele dedilha incoerências. Ela também. Ele se intimida. Ela acha graça. Ele abre caminhos. Ela segue com medo. Ele coleciona questionamentos. Ela busca esclarecer. Ele quer ser racional. Ela é pura emoção. Ele ultrapassa limites. Ela se ressente. Ele é estrada. Ela é correnteza. Ele tem voz suave. A dela se embarga com facilidade. Ele é diplomático. Ela não suporta formalidades. Ele age. Ela reage. Ele tem olhar embriagante. Ela se entrega ao vício. Ele é equilíbrio. Ela é exagero. Ele é enigma. Ela é desafio. Ele é comedido. Ela não se impõe limites. Ele elogia. Ela se envaidece. Ele é gentileza. Ela é meiguice. As palavras dele soam como haikais. As dela, como prosa sem fim. Ele é low profile. Ela procura ser. Ele ensina. Ela aprende. Ele aprende. Ela ensina. Ele analisa. Ela apoia. Ele tem sorriso contagiante. Ela se contamina. Ele é confuso. Ela se perde. Ele interroga. Ela não faz cobranças. Ele foi embora. Ela sente saudades.


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Titi

Quando minha mãe se aposentou, em setembro de 2002, depois de 39 anos trabalhando no TRT, havia acumulado mais objetos pessoais naquela sala de Diretoria Geral do que qualquer um poderia imaginar. No dia D, sofrendo por ter de lidar com a aposentadoria, chegou em casa com coisas que eu sequer sabia que existiam. Entre elas, alguns poucos pertences do meu pai - que já havia falecido, no Reveillon de 97/98, e que também trabalhava no TRT - que permaneceram escondidos em alguma gaveta do Tribunal, até o dia da aposentadoria da minha mãe.

Hoje, reli uma carta de aniversário, encontrada no meio dessas coisas, que me foi escrita quando completei 3 anos. Segue um pedacinho:

São Paulo, 13 de agosto de 1981.
 
Letticia.
 
Quando você se aproxima, (...) traz junto toda a paixão despertada neste pai, fã incondicional da sua beleza, da vida que emana do seu rosto claro, dos seus cabelos loiros e eternamente desalinhados. Aquele desalinho bonito que só as pessoas lindas como você conseguem.
 
(...) basta que você, quando ler isto, sinta e respire toda a paixão, o carinho e a ternura que tentei, escritor inconstante e de parcos recursos, transmitir-lhe.
 
Você (...) povoa, com tudo a que tem direito, as fantasias, os sonhos e as esperanças de um pai que sempre vai continuar tentando acertar com você, apesar de sabedor das enormes dificuldades de relacionamento que deverão suceder e atropelar toda esta enorme vontade de lhe oferecer mais, sempre mais.
 
Lembrar-me-ei sempre com saudades da minha pequenina Titi, nos seus três aninhos, meiga e amiga, irreverente e brincalhona, enfim, com os atributos maiores da criança sadia e livre que você é. Lembre-se sempre do grande amor que sinto por você. Hoje, e a qualquer tempo, em qualquer situação ou idade.

Papai.

A loira (mais velha) de cabelos desalinhados. Onde foram parar meus cachos?

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

on Hidden Ability

Linus: - Everyone's so upset because I didn't make the honor roll... My mother's upset, my father's upset, my teacher's upset, the principal's upset... Good grief! They all say the same thing... they're disappointed because I have such potential... THERE'S NO HEAVIER BURDEN THAN A GREAT POTENTIAL!